Biópsia de Endométrio - Testes Moleculares
Diagnosticar a infertilidade feminina requer uma busca minuciosa para definir o diagnóstico e possíveis tratamentos, um exame que pode auxiliar nessa pesquisa é a biópsia de endométrio, que visa identificar qualquer alteração no interior da cavidade uterina.
Além disso, esse exame também é capaz de auxiliar na identificação de um câncer que possa estar surgindo, ajudando em um tratamento precoce.
Neste artigo, entenderemos melhor o que é e como é realizado e para o que ele é indicado.
O que é o endométrio?
Primeiramente, é bom sabermos o que é o endométrio, que muitas mulheres conhecem, mas talvez não por seu nome real.
O endométrio é o tecido que reveste a parede da cavidade uterina, que sofre alterações na sua espessura por conta de estímulos hormonais para receber o embrião, mas que, se não ocorre fecundação, descama-se e é expelido do organismo juntamente com a menstruação. Ao fim do período menstrual, o endométrio recomeça o mesmo processo, referente aos ciclos menstruais.
É importante sabermos sua função e onde está localizado, pois problemas em sua anatomia (por exemplo, pólipos) e mesmo seu crescimento em outras regiões do organismo podem indicar doenças, como a endometriose, podem influenciar na infertilidade feminina. Dito isso, podemos entender o que é a biópsia do endométrio e porque ela é importante.
O que é a biópsia do endométrio e por que ela é importante?
A biópsia do endométrio é feita por um exame ginecológico, durante o qual é feita a coleta de uma amostra da parede que reveste o útero para verificar alterações em seu tecido ou doenças que podem influenciar na infertilidade feminina.
A amostra coletada é encaminhada a um laboratório para analisar e comprovar diagnósticos, auxiliando o médico a indicar o melhor tratamento para cada caso.
Esse tipo de procedimento costuma ser pouco desconfortável, mas pode ser que a paciente sinta um desconforto na região, já que é retirada uma parte do tecido para análise. Outra possibilidade é realizar a biópsia por visão direta, durante a histeroscopia. Neste caso, pode ser feita com ou sem sedação.
Geralmente a biópsia do endométrio é requerida pelo médico para verificar a causa de algum sangramento anormal ou parte de uma investigação para entender porque a mulher está apresentando dificuldades para engravidar naturalmente ou não tem conseguido engravidar com reprodução assistida (falha de implantação e/ou abortos recorrentes).
Em quais casos é necessária a biópsia do endométrio?
Geralmente, o pedido para o exame está relacionado a casos de sangramento menstrual anormal, muito mais abundante do que o usual, mas pode também ser requerido em casos em que mulheres na menopausa apresentam sangramento ou até mulheres em idade fértil que não apresentam o sangramento uterino.
Esses sintomas podem estar ligados à saúde do útero, como alterações nas células por questões hormonais, presença de anormalidades como endometriose, miomas e pólipos, e infecções assintomáticas na região do útero, como a endometrite crônica. Por isso, devem ser avaliados minuciosamente para entender sua causa e buscar um tratamento.
Também é um exame pedido em casos de verificação de resposta a terapias de reposição hormonal ou presença de células anormais ou câncer de endométrio, que é o que mais acomete os órgãos reprodutores femininos.
Mas se seu médico pediu, não se desespere, o exame é exatamente para avaliar se é a doença ou algo mais simples. A biópsia do endométrio é um procedimento para avaliação da situação: apenas seu resultado pode indicar algum problema ou não.
Outra função desse exame é entender e pesquisar a causa da infertilidade feminina, que pode ser causada por problemas no endométrio, afinal, é o local onde o embrião se fixará em caso de fecundação, para se iniciar o processo de gestação.
Como é realizada a biópsia de endométrio?
Ao iniciar o procedimento, é inserido um instrumento chamado espéculo (bico de pato) na vagina, através do qual se visualiza o colo do útero. Insere-se um cateter até chegar ao interior da cavidade uterina, onde se realiza movimentos circulares, retirando amostras de sua parede, o endométrio, por meio de uma sucção.
Após a biópsia, é comum que a mulher sinta dores semelhantes a cólicas menstruais, que não duram muito tempo e não precisam de remédios muito fortes para amenizar o sintoma. A biópsia do endométrio costuma durar, em média, de 5 a 15 minutos, e o tecido recolhido durante o procedimento é encaminhado a um laboratório para análise, que retorna com o resultado em 3 a 20 dias, a depender do que foi solicitado.
É esse resultado que deve ser levado ao médico, que verificará se há algum problema de fertilidade detectado ou alguma outra doença que necessite de tratamento adequado.
Como vimos, a biópsia do endométrio pode auxiliar na detecção de diversos problemas, sendo um exame que ajuda na precisão de um diagnóstico.
Esse tipo de exame deve ser requerido por seu médico a qualquer suspeita, seja de doenças de tratamento mais simples, como os endometrites até problemas mais sérios, como câncer.
E por ajudar a detectar as causas da infertilidade feminina, é um aliado na hora de entender se há formas de engravidar naturalmente ou se será necessária a indicação de alguma técnica de reprodução assistida.
Por isso, ao notar qualquer sintoma estranho ou se não conseguir engravidar, procure um médico, ele pode pedir exames que ajudem a entender o seu caso e indicar o melhor tratamento, se necessário.