Criopreservação: Como escolher uma boa clínica de congelamento de óvulos?

Congelar os óvulos tem sido a solução para muitas mulheres que querem adiar a gestação, mas é preciso escolher bem a clínica de criopreservação.

Tem se tornado cada vez mais usual o adiamento da maternidade por escolha de casais, seja por conta da carreira da mulher, quanto por problemas de saúde ou não estar em um relacionamento estável acima dos 30 anos.

É certo que os hábitos mudaram e hoje diversas mulheres estudam, trabalham e lutam por uma carreira após sair da faculdade. Esse período coincide com o período de mais alta fertilidade feminina: dos 15 anos aos 30 anos. Depois disso, ocorre dificuldade para engravidar e a gravidez terá mais risco (especialmente após os 35 anos).

Para evitar o envelhecimento ovular e aumentar a chance de se ter bons óvulos após os 35 anos, muitas mulheres têm optado por técnicas de criopreservação. Os óvulos congelados podem ser usados no futuro para uma fertilização in vitro – FIV – que tem tido boas taxas de sucesso com a modernização dos procedimentos, especialmente quando conseguimos usar óvulos congelados antes dos 37 anos.

Entenda um pouco mais sobre como funciona a criopreservação, em quais casos é indicada e dicas de como escolher a melhor clínica para o procedimento.

O que é a criopreservação?

A técnica de criopreservação é um processo de congelamento de materiais biológicos, que são expostos a temperaturas extremamente baixas, chegando a 196 ºC negativos, ocasionados pelo contato com nitrogênio líquido.

O tipo de material que é utilizado na criopreservação vai desde células (espermatozoides e óvulos), tecidos (fragmentos de testículo e ovário) e embriões. O frio extremo faz com que as atividades biológicas das células desses materiais parem, inclusive as responsáveis por envelhecimento, degradação do DNA e morte celular.

Apesar de parecer um procedimento simples, a criopreservação é um método considerado de alta complexidade, mas que tem progredido junto com as evoluções na medicina, tornando a técnica, inclusive, mais acessível e auxiliando diversas áreas da saúde, inclusive na reprodução assistida.

Com as mudanças sociais, muitas mulheres têm se dedicado mais em seu crescimento profissional, o que pode acarretar em adiar a maternidade em detrimento da construção de uma carreira sólida, um nome no mercado ou estabilidade financeira.

O problema desse adiamento está no fato de que o organismo não para seu envelhecimento, inclusive o dos óvulos, que possuem uma quantidade preestabelecida antes do nascimento da mulher e que vão se perdendo ao longo da vida até chegar ao período da menopausa. O estoque de óvulos da mulher se reduz constantemente desde antes de ela nascer. Entretanto, o efeito dessa redução do número e qualidade dos óvulos passa a ter impacto significativo sobre a fertilidade, em média, a partir dos 30 anos.

Como não é possível repor os óvulos perdidos e quanto mais tempo passa, sua quantidade diminui e a qualidade também, torna-se mais difícil engravidar. Para tentar contornar a situação e possibilitar que mulheres possam adiar a gravidez com mais segurança, a criopreservação surgiu como uma forma de ajudar.

Tipos de criopreservação

A criopreservação pode ser usada em alguns ramos da medicina, mas tem sido bastante requisitada na área de reprodução assistida, e não apenas para ajudar mulheres.

Muitos homens têm recorrido à criopreservação para preservar os espermatozoides em casos de doenças que necessitam de tratamentos que podem prejudicar a fertilidade, como a radioterapia e a quimioterapia, ou antes de uma vasectomia, no intuito de a possibilidade de gerar filhos futuramente ser uma opção, mesmo após a cirurgia.

No caso das mulheres, a criopreservação vem ganhando espaço dada a necessidade e escolha social de que as mulheres estejam mais presentes no mercado de trabalho durante o período em que a fertilidade feminina está em alta. Essa forma de criopreservação é mais popularmente conhecida como congelamento de óvulos e possibilita que a mulher descongele as amostras a qualquer momento e realize um processo de fertilização in vitro para poder engravidar. Para conhecer um pouco mais sobre essa técnica, veja o artigo Óvulos Congelados: Entenda como funciona a Vitrificação e Congelamento de óvulos.

Para quem é indicada a criopreservação?

A criopreservação é bastante utilizada visando guardar melhores óvulos para usar no futuro. Veja exemplos de situações corriqueiras no nosso dia-a-dia:

• O desejo de adiar a maternidade por motivos pessoais, financeiros ou sociais (congelamento "social");
• Mulheres que possuem casos de menopausa precoce na família;
• Pacientes em tratamentos de câncer (quimio e radioterapia) ou cirurgias que possam afetar a fertilidade (por exemplo, cistos de ovários e endometriose);
• Óvulos excedentes de mulheres que já estão fazendo FIV por infertilidade.

Como escolher a clínica ideal de criopreservação?

O procedimento de criopreservação é seguro! Auxilia diversos casais a engravidar, atuando como um potencializador nas chances de sucesso em uma gestação, que são maiores cmo óvulos mais jovens guardados do que com aqueles coletados em idade acima dos 37 anos.

Apesar de ser um método aplicado por diversos hospitais e clínicas, é um processo que envolve expectativas e sonhos, por isso, é importante escolher a clínica certa! Certifique-se da experiência do médico em reprodução humana. Além do conhecimento sobre a técnica de congelamento, o profissional deve entender também de infertilidade, pois o planejamento do tratamento pode ser diferente de acordo com o seu histórico. É preciso que você sinta confiança no profissional.

Buscar uma clínica capaz de alinhar técnica e cuidado com a paciente não é simples, por isso, entre em contato, marque uma consulta para nos conhecer, entender mais da criopreservação e como podemos ajudá-la.