Quanto custa uma inseminação artificial e qual a diferença com a FIV?
Muitas pessoas nem cogitam a inseminação artificial por achar que deve ser muito cara, mas você sabe se é viável para você?
Para muitos casais, realizar o sonho de se tornarem pais não é um passo simples na relação, ainda mais se descobrem que podem possuir algum tipo de problema gestacional. Felizmente, a medicina tem evoluído cada dia mais e as técnicas de reprodução assistida têm contribuído para que muitos desses casais consigam engravidar, e há muitas opções, indo das mais simples, como o coito programado, até as mais complexas, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro, também conhecida por sua sigla, FIV.
Inclusive, essas duas últimas técnicas reprodutivas são constantemente confundidas e, apesar de terem semelhanças no procedimento até certo ponto, têm diferenças significativas.
Esses procedimentos são utilizados no Brasil desde os anos 80, ganharam destaque na mídia nos anos 90 com casais famosos que queriam ter filhos, mas não conseguiam de forma natural, o que dava a ideia de ser um procedimento caro e fora do alcance de muitos outros. Entretanto, com o aumento da procura por tais tratamentos e a modernização do processo, a inseminação passou a ser mais acessível. Descubra o preço médio cobrado neste artigo.
O que é a inseminação artificial?
Indicada para casais que têm problemas de fertilidade, a inseminação artificial é indicada para casos em que o homem tem pequenas variações na quantidade de espermatozoides e mulheres com distúrbios ovulatórios, como, por exemplo, na síndrome de ovários policísticos. Além disso, mulheres que querem ser mães-solo e casais homoafetivos femininos também podem recorrer à técnica.
Além de casais heterossexuais com problemas gestacionais, a inseminação artificial também pode auxiliar casais homoafetivos de mulheres ou mulheres que desejam ser mães solo a engravidarem.
A técnica da inseminação artificial consiste, resumidamente, em inserir o espermatozoide coletado no útero feminino no período fértil, aumentando as chances de fecundação do óvulo, que ocorre dentro do organismo feminino. A inseminação é considerada um procedimento de fertilização de nível complexo por possuir diversas etapas que devem ser seguidas para que as chances de sucesso sejam maiores.
Procedimentos da inseminação artificial
Apesar de ser considerada uma técnica complexa por conta de suas etapas e ser necessária a intervenção de um especialista em fertilização, o procedimento possui passos simples:
- A princípio, a mulher deve tomar alguns medicamentos receitados pelo médico para que a ovulação seja induzida. Mesmo mulheres que não tenham problemas de ovulação podem passar por essa etapa, pois a intenção é que mais de um óvulo por ciclo, aumentando as chances de fecundação;
- Os folículos, estruturas que comportam os óvulos em formação, são acompanhados por ultrassom para a verificação do seu crescimento, se está ocorrendo como o planejado e mais óvulos estão em produção. Quando os óvulos estão maduros, medicamentos estimulam sua liberação;
- Conjuntamente com a etapa de maturação e liberação dos óvulos, é realizada a coleta de amostra de sêmen para que os espermatozoides sejam analisados e separados conforme sua qualidade e capacidade de mobilidade, de modo que os mais saudáveis sejam selecionados para a próxima etapa;
- Com os melhores espermatozoides escolhidos e os óvulos liberados no útero, é feita uma inserção desses espermatozoides no interior do útero, por meio de um cateter, em um processo que assemelha-se a um exame de papanicolau. Dessa forma, as chances de fecundação são maiores do que no processo natural.
Devido ao fato de os espermatozoides serem inseridos no útero, a inseminação artificial também pode ser conhecida como inseminação intrauterina.
Inseminação artificial x FIV
Apesar de serem muito confundidas, a inseminação artificial e a fecundação in vitro – também conhecida como FIV – são procedimentos que, apesar de terem etapas parecidas, diferem-se na forma como ocorre a fecundação.
Enquanto a inseminação artificial os óvulos não são retirados no corpo da mulher e os espermatozoides são inseridos no útero para que a fecundação ocorra, na FIV os óvulos são retirados do organismo feminino para que a fecundação ocorra em laboratório, sendo assistida por um médico de especialista em reprodução, antes de ser inserido o embrião no útero para que se desenvolva naturalmente.
Mesmo que sejam diferentes, ambas as técnicas de reprodução assistida têm como finalidade auxiliar mulheres a conseguirem engravidar, sendo indicadas dependendo dos problemas apresentados pelo casal durante os exames e consultas.
Quanto custa uma inseminação artificial?
Ao entender as etapas, fica claro o quanto são necessários equipamentos, medicamentos e equipe técnica para que a inseminação artificial, mesmo sendo um procedimento simples, ocorra.
Inclusive, diversos fatores são levados em consideração e que podem aumentar o valor do procedimento, que varia, em média, por volta de 4 mil reais.
As medicações variam de acordo com a idade da mulher, diagnóstico da infertilidade, estoque de óvulos e resultados em eventuais tratamentos anteriores.
É uma das técnicas que têm boas taxas de sucesso, ficando atrás apenas da FIV e com um custo que, apesar de alto, ainda é bastante viável para a maioria dos casais. A inseminação artificial é uma técnica de reprodução humana bastante procurada por ter etapas simples e ajudar diversos casais, inclusive os homoafetivos femininos, a terem filhos.
Por isso, não deve ser negligenciada a escolha do profissional que realizará o procedimento. Converse com o médico, entenda as chances de sucesso do método e o como ele pode ajudá-la a alcançar a sonhada gravidez.
