Endométrio: Conheça o teste de ERA em 5 passos

endometrio

Você já ouviu falar do teste de receptividade endometrial? Acompanhe este artigo e conheça as cinco etapas deste exame.

O endométrio é uma estrutura muito importante, é o tecido de revestimento do útero e é responsável pelo processo de nidação do embrião, ou seja, a fixação do mesmo à parede uterina.

Em casos de falha na implantação do embrião, uma das possíveis causas a ser pontuada é a relação com a receptividade endometrial. Nesses casos o médico especialista pode optar pela realização de um teste de receptividade endometrial, comercialmente conhecido como teste ERA®. Entenda a seguir como este exame é realizado.

endometrio cta

O que é o teste ERA®?

O teste de receptividade endometrial, popularmente conhecido como ERA® (Endometrial Receptivity Array), é um exame molecular realizado para indicar o momento mais propício para que ocorra a nidação do embrião ao endométrio, baseado na análise da chamada janela de implantação.

A janela de implantação das mulheres pode variar de acordo com a duração do ciclo menstrual e se estende em média por 3 dias. A realização do exame ERA® costuma ser indicada por especialistas em fertilização em casos de falha na implantação recorrente do embrião em tratamentos de fertilização in vitro (FIV), na tentativa de obter uma maior chance de sucesso no tratamento.

Como é feito o teste ERA®?

O teste de ERA® é realizado através de biópsia endometrial para determinar a receptividade endometrial. Este exame pode ser efetuado de duas formas:

  • Com uso de hormônios para preparo endometrial: através do uso de estradiol e progesterona nas primeiras semanas do ciclo menstrual. A biópsia é realizada em média após 5 dias do início do hormônio progesterona.
  • Sem uso de medicamentos hormonais: através da ovulação e preparo do endométrio no ciclo natural. A biópsia costuma ser feita em média após 1 semana do pico de hormônio luteinizante (LH) no organismo.

Confira a seguir todas as etapas necessárias para a realização de teste ERA®:

  1. Biópsia Endometrial: ocorre a coleta de uma pequena amostra do tecido endometrial, sendo uma técnica de simples realização, por exame ginecológico.
  2. Extração de DNA da amostra: da amostra de endométrio, o laboratório de genética extrai o DNA.
  3. Análise da amostra: por uma técnica de sequenciamento de nova geração (NGS) da amostra coletada, avalia-se a expressão dos genes relacionados à implantação do embrião.
  4. Liberação do laudo: o resultado do teste ERA pode se manifestar em duas possibilidades:
  • Endométrio Receptivo: o tecido endometrial se encontra com uma expressão gênica propícia para nidação do embrião, constatando a presença da janela de implantação sem deslocamento ou com deslocamento de poucas horas, com pouca significância.
  • Endométrio Não Receptivo: a janela de implantação está com deslocamento, para menos dias de progesterona (pré-receptivo) ou para mais dias de progesterona (pós-receptivo).
  1. Transferência do Embrião: com base nos resultados obtidos, a transferência do embrião pode ser feita caso o resultado se mostre receptivo. Com relação aos endométrio não receptivo é necessário a atenção à previsão da janela obtida pelo teste de ERA® para que seja realizado o procedimento. Em casos excepcionais, pode ser necessária uma nova biópsia.

É importante frisar que a indicação e interpretação do exame devem ser realizadas por um médico especialista.

agende sua consulta 1

Qual a relação do teste ERA® com a técnica de FIV?

A associação do teste ERA® à técnica de FIV é muito utilizada, pois a partir do laudo os especialistas podem personalizar a transferência de embriões se baseando na janela de implantação e garantindo um ambiente favorável para a adesão ao endométrio.

O teste ERA® costuma ser aplicado na técnica de fertilização in vitro (FIV) entre os processos de cultivo embrionário e transferência do mesmo, garantindo uma análise mais detalhada do local a ser implantado.

Além do teste ERA® alguns outros exames podem ser realizados: avaliação de microbiota endometrial (EMMA®), avaliação dos agentes causadores da endometrite crônica (ALICE®), avaliações da presença de endometrite (CD138) e de células NK (CD56) podem ser utilizados como auxiliares em casos de falha no processo de implantação embrionária de origem embrionário.

Como tratar a baixa receptividade endometrial?

A partir do correto diagnóstico, podem ser designados alguns tratamentos com base farmacológica ou cirúrgica para possibilitar um aumento na taxa de sucesso da nidação. Algumas outras condições podem estar associadas a baixa receptividade endometrial, dentre elas e devem ser tratadas independentemente do teste ERA®:

  • Endometrite;
  • Pólipos ou miomas submucosos;
  • Alterações na imunidade endometrial.

Conclusão:

Vimos anteriormente que a realização do exame ERA® é uma opção em casos de falhas na implantação embrionária decorrentes de uma alteração na receptividade endometrial. O teste é realizado através de biópsia do endométrio e análise genética da amostra.

É indispensável ter um médico de confiança que possa acompanhar o histórico de tentativas e designar os exames e tratamentos adequados a cada caso.

Caso você observe dificuldades para engravidar ou deseja conhecer mais a respeito do teste de ERA, marque uma consulta e venha tirar suas dúvidas.

agende sua consulta

Entre em contato conosco pelo link abaixo

Dr. Oscar Duarte

Agende sua consulta

Rua Itapeva, 286 - 1º andar, Bela Vista, São Paulo

Rua Joaquim Floriano, 466, cj 603, Itaim, São Paulo

+55 11 3149-9455

Dr. Oscar Barbosa Duarte Filho CRM 112106 SP - RQE 31023
Todos os Direitos Reservados - Copyright © 2022

Site desenvolvido com  por Glogs - Agência Digital