Fecundação natural: Como ocorre e qual a diferença com a Fertilização in vitro?

Fecundação

Você sabe como ocorre a fecundação humana e o que pode atrapalhá-la? Conheça mais neste artigo.

A fecundação é a forma de reprodução humana, uma etapa importante e muito desejada por casais.

Apesar de ser um processo natural, realizado pelo organismo sem necessidade de ajudas externas, há muitos casos de infertilidade, tanto em homens quanto mulheres, que precisam da ajuda de um médico especialista em reprodução para conseguir engravidar.

São nesses casos que podem surgir dúvidas sobre como ocorre uma fecundação e se há diferença entre as formas de fertilização que acontecem em laboratório. Para auxiliar, preparamos este artigo para explicar o que é a fecundação natural e qual a diferença entre ela e a fertilização in vitro. Entenda.

O que é e como ocorre a fecundação?

A fecundação natural ocorre quando o espermatozoide encontra o óvulo e inicia-se o processo de formação do zigoto, que é a célula inicial que dará origem ao embrião.

Durante uma relação sexual sem preservativos e sem a interferência de métodos contraceptivos, como pílulas, injeção, adesivo, diafragma ou DIU, após a ejaculação, milhões de espermatozoides são lançados dentro do organismo feminino, passando pela vagina, colo do útero (ou cérvix), útero e tubas uterinas em busca de um óvulo que tenha sido liberado pelo ovário para que possa ocorrer a fecundação.

As chances de ocorrer uma fecundação são maiores quando a mulher está em seu período fértil, quando o óvulo é liberado e encaminha-se para as tubas uterinas, sobrevivendo por um período de 24 horas. Os espermatozoides, por sua vez, podem sobreviver por mais tempo dentro dos órgãos reprodutores femininos, cerca de 3 a 7 dias, mas as chances de uma fecundação são maiores nas primeiras 72 horas após a relação sexual.

Esse processo ocorre de forma natural no organismo, sem necessitar de auxílio externo, mas apesar de parecer simples, acontecem diversas e complexas etapas para que ocorra a fecundação natural. Entenda o passo a passo do processo de fecundação depois que o espermatozoide encontra o óvulo:

Etapa 1 - Coroa radiada

O óvulo transmite sinais químicos para atrair os espermatozoides, mas ele possui um revestimento externo conhecido como coroa radiada e que possui de duas a três camadas de células foliculares que precisam ser atravessadas para que se possa chegar ao gameta feminino.

Etapa 2 - Zona pelúcida ou envelope vitelínico

Após a coroa radiada, existe a zona pelúcida do óvulo, uma grossa camada de glicoproteínas, responsável por proteger o óvulo de ser fertilizado por múltiplos espermatozoides. Assim que um espermatozóide penetra, o óvulo torna-se impenetrável para os demais gametas masculinos.

Etapa 3 - Zigoto

A união do óvulo e do espermatozoide forma uma nova célula, que carrega uma junção do DNA tanto da mãe quanto do pai, criando um DNA único, que será o material genético do embrião e do feto em formação. Essa célula recebe o nome de zigoto.

Etapa 4 - Clivagem e Mórula

Com a formação do zigoto, inicia-se uma etapa de divisões celulares, chamada de clivagem, momento de desenvolvimento embrionário. Após 4 dias da fecundação, essa divisão origina a mórula, um pré-embrião a caminho do útero.

Etapa 5 - Blastocistos e início da gestação

No 5º dia após a fecundação, o embrião é composto por cerca de 150 células e está pronto para se alocar nas paredes do útero e dar início à gestação. O embrião implantado no organismo passa a produzir gonadotrofina coriônica humana (hCG), que induz o útero a liberar progesterona e estrogênio (estriol) durante a gravidez.

A progesterona e o estrogênio, produzidos por conta do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), são os responsáveis por “notificar” o organismo de que uma fecundação ocorreu, o que acarreta na inibição da ovulação, consequentemente, do ciclo menstrual. Além desses sintomas, a fecundação e início da gravidez podem gerar outros, como:

  • Leve sangramento de cor rosa claro; Dores abdominais;
  • Cansaço e sono excessivos;
  • Suave dor de cabeça;
  • Sensação de incômodo na região dos seios;
  • Enjoos no período matutino.

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O que pode dificultar uma fecundação?

Alguns casais podem apresentar dificuldades para que ocorra a fecundação, levando a um problema muito comum, a infertilidade. Diversos fatores podem ser responsáveis por essa incapacidade de engravidar. Conheça alguns:

  • Mulheres com idade acima dos 35 anos: isso altera a qualidade do óvulo e sua capacidade de ser fecundado e formar um embrião com genética normal;
  • Problemas com baixo peso ou obesidade: isso pode dificultar muito que a ovulação e a adequada produção de hormônios ocorra;
  • Ingerir bebidas alcóolicas em excesso ou fumar: isso pode reduzir a qualidade e a quantidade dos seus óvulos, sem contar os riscos para o feto e o bebê;
  • Ciclos menstruais irregulares: são um forte marcador de falta de ovulações;
  • Possuir Síndrome dos Ovários Policísticos: essa doença, além de dificultar a ovulação, pode trazer alterações no metabolismo como obesidade e pré-diabetes, que prejudicam muito a gravidez e aumentam o risco de aborto;
  • Ter endometriose: ela gera um processo inflamatório que dificulta o encontro do espermatozoide com o óvulo e a fecundação natural;
  • Ter miomas: eles podem alterar o formato do útero e a sua receptividade, atrapalhando a implantação do embrião;
  • Possuir alterações nas tubas uterinas, obstrução nas trompas e hidrossalpinge: tudo isso irá dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo, a fecundação natural e a implantação do embrião;
  • Ter passado por tratamentos como quimioterapia ou radioterapia: esse tipo de tratamento pode extinguir o estoque de óvulos e gerar infertilidade;
  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) tratadas ou não, podem levar a infertilidade por alterar a qualidade dos gametas, alterar a anatomia do sistema reprodutivo (aderências fora do útero, na cavidade abdominal como na síndrome de Fitz-Hugh-Curtis e até receptividade do endométrio com endometrites e sinéquias (aderências dentro do útero com na Síndrome de Asherman).

O principal fator que dificulta uma fecundação deve ser investigado e definido por um médico ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, que pode indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Qual a diferença entre fecundação e fertilização?

Os termos “fecundação” e “fertilização” são sinônimos, ou seja, têm o mesmo significado e referem-se à penetração do espermatozoide no óvulo. Entretanto, pode ocorrer uma confusão genuína com os termos por conta da técnica de reprodução assistida conhecida como fertilização in vitro (FIV), aqui no Brasil. Mas saibam que em outras línguas também se usa o termo Fecundação in vitro para se referir ao tratamento.

Esse tipo de procedimento é indicado para casais com problemas para engravidar, ou seja, que possuam algum problema de fertilidade que os impeça de engravidar após um ano de tentativas ou não tenham obtido sucesso na fecundação por meio de outras técnicas de reprodução assistida como a relação sexual programada ou a inseminação intrauterina ou inseminação artificial. Pacientes que têm endometriose e optaram por operar para aumentar suas chances de engravidar mas não conseguiram, também podem conseguir ter o bebê fazendo a fertilização in vitro (FIV).

Na fertilização in vitro (FIV), a fecundação ocorre em laboratório, de modo que as chances de uma gravidez são maiores. Existem dois tipos:

  1. Fecundação clássica ou FIV clássica: cerca de cem mil espermatozoides são selecionados pelo andrologista e colocados juntos com cada óvulo em uma placa de cultura pelo embriologista, e o processo de fertilização se dá de uma forma quase natural;
  2. Injeção intracitoplasmática de espermatozoides ou ICSI: o andrologista separa os melhores espermatozoides e o embriologista fertiliza cada óvulo com um espermatozoide utilizando uma micro-agulha, sob visão microscópica. Essa tipo de fertilização in vitro é especialmente útil em casos de alterações graves no sêmen e em casos em que homem fizeram vasectomia.

Para conhecer mais sobre essa técnica, leia o nosso artigo O que é Fiv? E como funciona uma Fertilização In Vitro hoje em dia?

A fecundação é um processo que ocorre no corpo humano durante a reprodução humana, mas nem todos os casais têm facilidade para conseguir engravidar. Se você tem apresentado essas dificuldades, procure um ginecologista especializado em reprodução assistida para iniciar uma investigação.

Essa pesquisa deve ser feita por um responsável para que os melhores tratamentos sejam indicados e amenize as frustrações que podem ocorrer nesse momento. Para buscar entender o problema e ter as melhores soluções, marque uma consulta.

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