Gravidez Ectópica: O que é, quais suas causas e sintomas?

Você sabe reconhecer os sinais de uma gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é uma condição que representa até 2% dos casos de gravidez, mas se não diagnosticada precocemente é uma das principais causas de complicações e até morte materna nos primeiros meses de gestação.

Neste artigo abordaremos com detalhes sobre a gravidez ectópica e a importância de seu diagnóstico.

O que é gravidez ectópica e quais suas causas?

A gravidez ectópica é uma condição em que o óvulo fertilizado se implanta fora do útero. A maioria das gravidezes ectópicas ocorre na tuba uterina, mas elas também podem ocorrer nos ovários, no colo do útero ou em outros pontos da cavidade abdominal.

A gravidez ectópica afeta até 1 a cada 70.000 mulheres, sendo que mulheres com menos de 30 anos têm um risco maior de ter uma gravidez ectópica. Outros fatores de risco incluem:

  • História prévia de gravidez ectópica;
  • Tabagismo;
  • Uso de drogas;
  • Infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV);
  • Doença inflamatória pélvica (DIP); 
  • Alterações de anatomia da pelve como na endometriose;
  • Embriões alterados geneticamente;
  • Uso de dispositivos intrauterinos - DIU - aumento de risco relativo. Isso quer dizer que em números absolutos temos menos gestações ectópicas nesse grupo, porque contraceptivos diminuem a chance de ocorrer qualquer tipo de gravidez, inclusive a ectópica. Mas quando o método falha e a pessoa engravida, proporcionalmente temos mais ectópicas. Acredita-se que ocorra porque o DIU deixa o endométrio pouco receptivo, levando o embrião a se implantar em outro local;
  • Uso de contraceptivos à base de progestágenos - aumento de risco relativo. A explicação para o aumento de risco relatico é a mesma do DIU. O mecanismo é que difere: acredita-se que os contraceptivos a base de progestágenos deixem a tuba mais lenta, aumentando o risco do óvulo fertilizado não ser transportado até o útero;
  • Tratamentos de reprodução assistida - aumento de risco absoluto em relação à população fértil que engravida espontaneamente. Quando comparamos apenas a população infértil com problemas na trompas, a fertilização in vitro pode reduzir o risco relativo de gravidez ectópica. Em outras palavras, mulheres com alterações nas trompas tem dificuldades de engravidar naturalmente, e, quando acontece, tem um risco alto de gravidez ectópica, até maior do que se fizessem fertilização.

Quais os sintomas observados na gravidez ectópica?

Os sintomas da gravidez ectópica geralmente aparecem entre a sexta e a décima semana de gestação e podem incluir:

  • Sangramento uterino: a decídua (endométrio da gravidez) descama em função das alterações gestacionais que estão ocorrendo à dist6ancia;
  • Dor nas costas ou abdômen: o que é normal devido à pressão causada pela implantação do embrião em uma região não convencional e também por quadros de hemorragias internas, mesmo que pequenas;
  • Tontura ou desmaio; 
  • Desconforto durante a relação sexual, devido à presença do embrião fora do útero. 

Além desses sintomas, todos os outros sinais e sintomas relacionados ao início da gestação podem estar presentes (enjôos, vômitos, sono, atraso menstrual e teste de gravidez positivo)

É importante que as mulheres que apresentam qualquer um destes sintomas procurem um médico para realizar uma avaliação. 

Esta condição apresenta risco de vida para a mãe devido às complicações que podem acompanhar o processo. As complicações ou riscos da gravidez ectópica incluem sangramento, ruptura do órgão onde está implantada e infecção.

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Existem tipos de gravidez ectópica?

Existem seis tipos principais de gravidez ectópica: Gravidez tubária, cornual, ovariana, cervical, na cicatriz da cesárea e abdominal.

A gravidez tubária ocorre quando o óvulo é fertilizado e se implanta na extremidade aberta da trompa de Falópio, em vez de se mover para o útero. 

A gravidez cornual ocorre quando o embrião se implanta em um dos cornos do útero (direito ou esquerdo). O corno é a região onde a trompa se implanta no útero, não sendo adequada para o desenvolvimento da gestação, por ser mais estreita, podendo se romper.

A gravidez cervical ocorre quando o embrião se implanta no colo do útero. 

A ectópica na cicatriz da cesárea ocorre quando  embrião se implanta dentro da cicatriz da cesárea ou em sua parte externa, ou seja, fora da cavidade do corpo uterino.

Em todos esses casos citados, o local de desenvolvimento não permite que a gravidez evolua, e não haverá nascimento de um bebê.

Uma gravidez abdominal acontece quando o embrião é implantado fora do útero, geralmente na cavidade abdominal, no peritônio, omento ou intestino.  

É uma situação de altíssimo risco de vida materno em função de hemorragias internas de difícil controle.

Tão logo diagnosticada, essa situação deve ser tratada com a interrupção da gravidez, de preferência dentro do primeiro trimestre.

Existem casos raros de gestações abdominais não diagnosticadas precocemente e que chegaram à viabilidade, levando ao nascimento de um bebê vivo, em geral, muito prematuro. São situações que chamam muito atenção, porém são excepcionais. Via de regra esses casos não evoluem além da primeira metade da gestação sem complicações.

Como é feito o diagnóstico de gravidez ectópica?

O diagnóstico de gravidez ectópica é feito com base na história clínica de atraso menstrual, dor e sangramento vaginal e nos resultados de exames de laboratório e de estudos de imagem através da ultrassonografia. 

Espera-se um teste de gravidez positivo, porém com valores mais baixos do que o esperado para o atraso menstrual e que sobe lentamente ao longo do tempo (hCG quantitativo).

Na ultrassonografia, o útero geralmente está menor do que o esperado para o tempo de gravidez e vazio. Além disso, pode-se visualizar a presença do saco gestacional ou mesmo do embrião ou feto, com ou sem batimentos cardíacos, fora do útero, em algumas das regiões já citadas anteriormente.

Como uma gravidez ectópica pode ser tratada?

O tratamento da gravidez ectópica varia de acordo com a situação clínica e desejo de cada paciente. O seu médico decidirá com você qual a melhor alternativa para a sua situação.

Pode variar desde conduta expectante (esperar resolver sozinha), passando pelo tratamento medicamentoso (metotrexato injetável intramuscular) até o tratamento cirúrgico eletivo ou de emergência (por laparotomia ou por laparoscopia).

Conclusão

Apesar de ser uma condição rara, a gravidez ectópica pode acontecer com qualquer mulher. Por isso, é importante estar atenta aos sinais e sintomas que esta condição pode apresentar. Caso tenha qualquer dúvida ou suspeita de que possa estar grávida é essencial buscar ajuda de um médico especializado.

O Dr. Oscar Duarte é médico ginecologista e obstetra especializado em fertilidade e reprodução humana e pode auxiliar no diagnóstico e tratamento de uma gravidez fora do útero. Venha tirar suas dúvidas, marque uma consulta.

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