Histerossalpingografia alterada: como diagnosticar o útero bicorno?

Conheça um pouco mais sobre a histerossalpingografia alterada no diagnóstico do útero bicorno. 

As malformações uterinas são causas importantes de infertilidade, principalmente naqueles em que há perdas gestacionais recorrentes, com incidência de 12% a 15%. Esse número é ainda maior quando se considera perda gestacional tardia ou nascimento prematuro (incidência de 25%).

O útero bicorno está entre essas malformações diagnosticadas através de exames de imagem, que normalmente apontam alterações na estrutura e anatomia uterina. Um desses exames é a histerossalpingografia. Você sabe o que observar na histerossalpingografia alterada em caso de útero bicorno? Acompanhe a leitura e entenda mais.

O que é útero bicorno? 

O útero bicorno é uma malformação congênita causada por um defeito na fusão lateral da estrutura embriológica do útero (ductos de Müller ou ductos paramesonéfricos).. Isso resulta em um corpo uterino com dois cornos, ou seja, separados por um sulco, o que gera uma diminuição da capacidade desse órgão.

Essa condição não está diretamente ligada à infertilidade, porém, dentre outras questões associadas, por causar a diminuição de volume do útero, compromete o desenvolvimento do feto que durante a gestação vai requerendo cada vez mais espaço. Dessa forma, o útero bicorno está relacionado normalmente a perdas gestacionais recorrentes ou partos prematuros.

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Como toda malformação uterina, está associada a maior incidência de endometriose e, essa sim, pode ser causa de infertilidade.

É uma malformação comumente assintomática e há suspeição pelo diagnóstico justamente quando há histórico de perdas gestacionais sucessivas. Há uma série de exames que podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico e prosseguir com o planejamento familiar a depender do prognóstico, que deve ser avaliado individualmente.

Como diagnosticar o útero bicorno?

Como se trata de uma malformação uterina, é necessário exames que possibilitem a visualização das estruturas desse órgão. Logo, o útero bicorno pode ser diagnosticado através de exames de imagem com certa precisão, como ressonância magnética (RM), ultrassonografia tridimensional (USG 3D) e a histerossalpingografia (HSG). 

A histerossalpingografia consiste na primeira linha na investigação de malformações uterinas, já que normalmente já é utilizado na investigação da infertilidade para avaliar as trompas (tubas uterinas) e nos casos de abortamento de repetição para avaliar a cavidade uterina e colo do útero. Já a RM e a USG 3D são os melhores métodos não invasivos para esses diagnósticos, pois conseguem diferenciar o útero bicorno de outras malformações uterinas.. A depender do caso, pode ser requerida a realização de mais de um deles, de forma complementar, para elucidação completa.

Conheça um pouco sobre um desses exames, a histerossalpingografia.

Histerossalpingografia

A histerossalpingografia é um exame realizado através de radiografia na pelve após injeção de contraste no útero. Para a injeção do contraste é inserido um espéculo, semelhante ao exame preventivo do colo de útero. Pelo espéculo é introduzido uma cânula ou cateter pelo qual o contraste é injetado. 

Esse contraste tem objetivo de opacificar toda estrutura interna uterina e trompas, facilitando a sua visualização através da radiografia.

A histerossalpingografia alterada pode evidenciar essas malformações e direcionar de forma mais assertiva o prognóstico reprodutivo e a condução da paciente no seu desejo de ter filhos. 

A melhor fase para realização do exame é de preferência entre os dias seis e doze do ciclo menstrual, devido bloqueio maior da atividade muscular do útero nesse período, o que facilita a visualização das estruturas de forma adequada. 

O exame pode trazer algum desconforto ou dor, que como experiência subjetiva, pode variar a cada caso. Alguns fatores que podem influenciar é o tipo de material do espéculo e da cânula, tipo e temperatura de contraste, limiar de dor da paciente e ansiedade anterior ao exame. 

Atualmente há maneiras de minimizar esse desconforto, priorizando o uso de espéculo de plástico e cânula de silicone ao invés dos metálicos, além da escolha do contraste hidrossolúvel aquecido.Tais escolhas ajudam a tornar o exame mais tranquilo de ser feito.

O que observar na histerossalpingografia alterada em caso de útero bicorno?

Na HSG toda a morfologia e anatomia uterina (incluindo o colo do útero) e das trompas são avaliadas, com objetivo de verificar se há anormalidades na sua estrutura. Basicamente, quando a paciente apresenta histerossalpingografia alterada por provável útero bicorno, podemos visualizar os seguintes pontos:

  • Dois fundos uterinos (dois cornos) separados por um sulco;
  • Cada uma das cavidades costuma ser menor do que o normal. 

A depender da precisão e qualidade da imagem, pode ser difícil diagnosticar uma má formação por possibilidade de confusão com outras condições, como o útero septado.

É importante essa diferenciação, uma vez que no útero septado a superfície externa se encontra íntegra, diferente do útero bicorno que apresenta um sulco dividindo o fundo. Além disso, o útero septado deve ser tratado com cirurgia em casos de infertilidade e desfechos obstétricos desfavoráveis (como abortos e partos prematuros). 

Caso a histerossalpingografia não permita o diagnóstico preciso da condição, pode ser necessária a realização de outro exame de imagem, como a USG 3D ou a ressonância magnética.  Raramente hoje em dia se lança mão da videolaparoscopia para fazer esse tipo de diagnóstico.

Conclusão

Nesse artigo você pôde entender um pouco mais o que é o útero bicorno e como é feito o seu diagnóstico através de exames de imagem e como a ressonância magnética e a ultrassonografia 3D podem ajudar quando a histerossalpingografia mostra um útero com duas cavidades (dois cornos) separados por um sulco.

Agende uma consulta com Dr Oscar Duarte e entenda mais sobre alterações na histerossalpingografia.

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