Implantação do Embrião: Como a tolerância imunológica está associada?

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Você sabe como a imunidade pode alterar a nidação? Saiba mais a seguir.

O desenvolvimento de uma gestação nem sempre é um processo fácil. Apesar disso, a reprodução humana assistida tem evoluído suas técnicas para permitir que casais com problemas de infertilidade possam ter a chance de ser pais.

Em casos isolados pode ocorrer a falha na implantação ao endométrio após o procedimento de fertilização in vitro (FIV). Há diversas causas, dentre elas a alteração relacionada à tolerância imunológica e a resposta imune.

Acompanhe este artigo e conheça a relação entre a nidação e o sistema imunológico feminino.

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O que é implantação do embrião?

O processo de nidação é o nome que se dá à implantação do embrião em estágio de blastocisto à camada endometrial para que ocorra o desenvolvimento de uma gestação. Costuma ocorrer em média 7 dias após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, gerando o primeiro estágio embrionário (zigoto).

Diversas são as causas que podem estar relacionadas a ocorrência de falha de implantação na fertilização in vitro (FIV):

  • Fatores genéticos, principalmente ligados a qualidade do embrião formado;
  • Fatores imunológicos que podem estar ligados a falha na tolerância e/ou doenças autoimunes;
  • Baixa receptividade endometrial, devido a alterações no período da janela de implantação;
  • Alterações de hormônios que atuam na gestação como progesterona, TSH e prolactina;
  • Condições que afetam a cavidade uterina na região onde ocorre o período de divisão celular para o desenvolvimento do embrião, como: Miomas, pólipos, septos uterinos e/ou malformações no local.

O que é tolerância imunológica?

É a capacidade do sistema imune de um organismo de diferenciar componentes não próprios do corpo dos próprios, a fim de evitar que o organismo ataque ele mesmo através da resposta imune.

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Como a nidação e a imunologia podem estar associadas?

A tolerância imunológica é de extrema importância para que ocorra o desenvolvimento de uma gestação saudável. A falha na tolerância imunológica pode estar relacionada principalmente a casos nos quais são observadas falhas na implantação embrionária, abortos de repetição, restrição de crescimento fetal e pré-eclâmpsia.

Confira a seguir alguns casos nos quais a imunidade pode estar associada à falha de implantação:

Células Natural Killer (NK) CD56+: produção excessiva de células imunológicas que levam o corpo a reconhecer o embrião a ser implantado no endométrio como uma ameaça ao organismo;

Anticorpos Anti-fosfolípides: responsáveis por ocasionar danos aos componentes fosfolipídios da membrana celular, podem lesionar os vasos sanguíneos presentes na camada endometrial. Estão relacionados a abortos e falhas na implantação devido a alteração de circulação sanguínea na placenta onde o feto está sendo gerado.

Anticorpos Anti-tireoide (anti-TPO e anti-tireoglobulina): são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças autoimunes e ataques a glândula tireoide, que podem estar ligadas à falha e dificuldade para manter uma gestação;

Fator Antinúcleo (FAN): são imunoglobulinas do corpo que agem contra o núcleo celular. Sua positividade é responsável pela manifestação de doenças autoimunes importantes que podem reduzir as chances de fertilidade feminina, como por exemplo o lúpus eritematoso sistêmico.

Citocinas: são mediadores do sistema imunológico, responsáveis por regular a resposta imune do organismo, podem estar relacionadas a falhas na implantação embrionária devido ao desbalanço em sua produção.

Como reduzir as falhas na nidação relacionadas à imunidade?

Para que ocorra o sucesso da gestação principalmente relacionado a tratamentos de reprodução humana assistida, podem ser indicadas a realização de testes imunológicos e outros tratamentos indicados de acordo com cada caso individualmente, dentre eles:

  • Imunoglobulinas: indicados principalmente em casos nos quais há alteração na produção de células NK e/ou desregulação nas citocinas, agindo na regulação destes componentes do sistema imune;
  • Emulsões lipídicas (Intralipid): infusões endovenosas que podem reduzir a atividade das células NK e facilitar o processo e de implantação e gravidez;
  • Administração de fármacos da classe de corticosteróides: utilizados em casos onde há FAN positivo, para reduzir a ação do sistema imune que ataca os componentes próprios do organismo;
  • Uso de anticoagulantes ou inibidores de agregação plaquetária: indicados em casos onde pode haver a formação de coágulos devido a lesões no endotélio dos vasos, decorrentes da ação de anti-fosfolípides.

Conclusão:

Alterações no sistema imunológico podem interferir no processo de gestação, podendo tornar-la mais difícil devido a falhas na implantação ou ocasionar abortos de repetição.

É importante ter um médico de confiança para que o diagnóstico e o tratamento correto sejam feitos, a fim de aumentar as chances de implantação ao endométrio e sucesso na gravidez.

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