Inseminação artificial: o que é, indicações e quando buscar um especialista!

Muitos casais, mesmo desejando muito, encontram problemas para engravidar. Uma das soluções encontradas é a Inseminação Artificial. Neste artigo, você entenderá melhor como funciona essa técnica.

Apesar de parecer uma técnica atual, o primeiro relato de inseminação artificial data do século XVIII, pelo médico escocês John Hunter. No Brasil, foi colocada em prática em larga escala na década de 70 do século passado.

Esse método, até o final da década de 70, era a única solução para casais com problemas para gerar filhos do modo convencional, seja por infertilidade da mulher, do homem ou de causas desconhecidas. Hoje em dia, embora haja outras formas até mais eficazes de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, devido a sua segurança e poucos efeitos colaterais, a inseminação artificial continua sendo utilizada, seja por casais heteroafetivos, homoafetivos ou até em casos de produção independente, utilizando sêmen de doador.

Apesar de ser um termo muito conhecido, muitos não sabem como é feito o tratamento. Neste artigo, pretendemos explicar o que é, para quais casos é indicada e quando se deve procurar um médico especializado.

O que é inseminação artificial?

A inseminação artificial é um tratamento para infertilidade, uma técnica de reprodução assistida. A inseminação intrauterina, como também é conhecida, consiste no depósito de uma amostra de sêmen (popularmente conhecido como esperma), previamente preparada em laboratório para que contenha o maior número de espermatozoides saudáveis, diretamente no útero da mãe, com a finalidade de aumentar as chances de fecundação.

Esse tipo de reprodução assistida aumenta as chances de gestação por conta de todo o tratamento feito com a mulher (ela é acompanhada para ter certeza de que está em seu período fértil, ou seja, ovulando) e por diminuir a distância entre espermatozoide e óvulo.

Há dois tipos de inseminação artificial: a intracervical, em que o esperma é depositado no colo do útero por meio de uma seringa; e a intrauterina, na qual há a seleção dos espermatozoides mais aptos à fertilização, que são colocados dentro do útero. Esse último tipo é indicado no caso de homens que possuam problemas com espermatozoides lentos ou que não sobrevivem muito tempo depois da ejaculação, é a mais utilizada no meio médico. A primeira, costuma ser utilizada por pacientes tentando a inseminação caseira, sem supervisão médica, prática comum fora do Brasil. 

Apesar de ser uma técnica bem conhecida, para que tenha êxito, é necessário seguir alguns procedimentos, que veremos melhor a seguir.

Como funciona?

A Inseminação artificial é um método considerado de baixa complexidade, pois a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher, sendo, para seu êxito, necessárias alguns fatores, como a mulher ter, pelo menos, uma trompa normal e o homem (ou doador) com, no mínimo, 5 milhões de espermatozoides móveis por mililitro de sêmen.

O procedimento deve seguir algumas etapas de pré-tratamento, antes de chegar à inseminação em si.

Estimulação ovariana

A inseminação pode ocorrer durante o período fértil natural da mulher, porém, durante o tratamento, o mais usual é o uso de medicamentos que induzem a ovulação. Durante esse período de estimulação, que dura, em média, de 10 a 12 dias, são realizadas ultrassonografias para o acompanhamento do crescimento dos folículos.

A escolha pelo uso desses hormônios também ocorre para que o médico tenha um controle melhor sobre a estimulação, evitando assim a produção de muitos óvulos, que podem acarretar em uma gravidez múltipla.

Maturação dos óvulos

Após a comprovação via ultrassom de que os folículos estão no tamanho ideal para o procedimento, é administrada uma injeção de hormônio hCG no intuito de induzir a maturação do óvulo.

Embora esse hormônio seja naturalmente produzido pelo organismo da mulher, ao injetá-lo na paciente, conseguimos sincronizar melhor a inseminação com a ovulação, para depois de 24 a 36 horas da administração do medicamento.

Preparação do sêmen

A coleta do sêmen é realizada duas horas antes de ocorrer a inseminação para que possa ser feita no laboratório a seleção dos espermatozoides com melhor potencial de fecundação.

A inseminação

Após a conclusão das etapas anteriores, é o momento da inseminação, quando os espermatozoides são inseridos na cavidade uterina por meio de um cateter. Ao finalizar o procedimento, deve-se aguardar 14 dias para fazer o teste de gravidez.

Apesar dessa explicação ser breve, é possível perceber que esse tipo de procedimento é simples. Se você está passando por problemas para engravidar e acredita que a inseminação pode ser uma solução, descubra se você se enquadra no grupo de pessoas para as quais esse tratamento é indicado.

Para quem é indicado?

Os quadros de infertilidade que têm como boa solução a inseminação artificial são:

• Mulheres com idade até 35 anos;
• Homens sem alterações graves na concentração ou mobilidade dos espermatozoides;
• Mulheres solteiras que desejam uma gravidez solo;
• Casais homoafetivos;
• Infertilidade sem origem conhecida;
• Mulheres com irregularidades na ovulação;
• Alterações no colo do útero.

Quando buscar um especialista?

Como pudemos entender neste artigo, apesar de simples, a Inseminação Artificial é uma boa solução para diversos casos de infertilidade, mas apenas um médico especializado pode te indicar o melhor tratamento, seja a inseminação ou outros tipos. Para saber como proceder no seu caso, entre em contato e agende uma consulta.

É importante ressaltar que o desejo de aumentar a família deve ser acompanhado por um especialista desde o começo, principalmente em situações que mostram alguma dificuldade. Não deixe de realizar acompanhamento com um médico de confiança.