O que é FIV? E como funciona uma Fertilização in Vitro hoje em dia?
A Fertilização in Vitro tem evoluído juntamente com a medicina, sendo cada vez mais indicada para casais que não conseguem engravidar.
Quando casais não conseguem conceber de forma natural, é comum que procurem ajuda médica. A medicina, cada dia mais moderna, possui diversos tipos de reprodução assistida que podem ser a solução para os mais variados problemas que os casais apresentam. Uma das mais conhecidas é a Fertilização in Vitro, também conhecida pela sigla FIV.
O procedimento de FIV é constituído por diversos passos, que incluem a estimulação ovariana e captação de óvulos e espermatozoides, e tem como principal diferencial das demais formas de reprodução assistida, o fato de a fecundação ocorrer em laboratório, fora do útero, sendo o embrião implantado depois, para que a gestação se desenrole normalmente.
Esse tipo de procedimento tem sido cada vez mais utilizado no Brasil: em 2019 cerca de 44 mil ciclos de fertilizações in vitro foram realizadas no país. No ano de 2021, deve superar os 50 mil ciclos.
Se você está querendo entender mais sobre essa técnica, neste artigo explicamos como são as etapas desse procedimento para que você saiba como exatamente funciona a fertilização in vitro e o que se espera. Confira!
O que é FIV?
Após um ano de tentativas para engravidar sem sucesso, é momento de procurar por ajuda para poder engravidar.
Um médico especializado em reprodução, quando consultado, realiza diversos exames, como índices hormonais, morfológicos e questões genéticas, além de verificar também o histórico familiar, para, assim, entender o problema que pode estar impedindo o casal de engravidar e dar o diagnóstico acertado. Com essa pesquisa feita, é possível sugerir o melhor tratamento para eventuais problemas ou indicar uma técnica de reprodução assistida que pode funcionar.
Dentre todas as possibilidades, a que tem mais chances de sucesso é a FIV, que vem sendo aperfeiçoada desde 1978, quando foi realizada a primeira experiência bem-sucedida com esse tipo de tratamento.
No Brasil, a técnica chegou em 1983 e é conhecida popularmente como bebê de proveta, pois a fecundação ocorre em laboratório, sendo depois transferido o embrião para o útero da mulher.
Consiste na colocação do espermatozoide dentro do óvulo, com o intuito de formar o embrião no laboratório, para, depois de avaliar sua qualidade e viabilidade, transferi-lo para dentro do útero.
Para quem é indicada a FIV?
Mulheres acima de 35 anos que não conseguem engravidar podem onsiderar a realização da FIV. Isso ocorre porque, após essa idade, as chances de uma mulher conseguir engravidar começam a cair, sendo mais difícil conceber de forma natural.
Além desse fator, alguns problemas de saúde, como a endometriose avançada, alterações graves no espermograma e obstrução nas trompas, podem ser a causa da infertilidade do casal e impedir que uma gestação ocorra.
A FIV também é uma opção que auxilia casais em que um dos dois componentes passaram por laqueadura ou vasectomia, possibilitando uma gravidez.
Também pode ser a solução para aqueles que já fizeram outros tratamentos de reprodução assistida mais simples, como inseminação artificial, e não engravidaram.
Hoje em dia, a FIV tem sido a solução para casais homoafetivos e mãe ou pai solos a realizarem o sonho de formar uma família. Casais que, por algum motivo, precisam reduzir o risco genético, como síndromes hereditárias familiares, idade materna acima de 40 anos e casos de abortamento de repetição também podem fazer a FIV com teste genético dos embriões.
Como funciona a FIV hoje em dia?
O procedimento da fertilização in vitro está cada vez mais moderno, envolvendo mais equipamentos, treinamentos e recursos adicionais. Apesar disso, há os passos clássicos a serem seguidos.
As etapas de uma FIV são:
- Estimulação ovariana: no intuito de que a mulher possa gerar mais óvulos em um mesmo ciclo, são administrados medicamentos hormonais e realizados acompanhamentos via ultrassonografia e dosagens hormonais. Isso é necessário, pois nem todos os óvulos são fecundados com sucesso no procedimento: com mais óvulos há mais chances de gravidez.
- Captação dos óvulos: quando os folículos que geram os óvulos alcançam um tamanho considerado adequado, são dados hormônios que auxiliam na maturação dos óvulos (como o hCG e agonista do GnRH) e, após cerca de 36 horas, é realizada uma punção, sob sedação, para a captação dessas óvulos para o procedimento de FIV. Essa etapa necessita jejum e repouso após o procedimento, por pelo menos 24 horas.
- Fecundação: com todos os óvulos, é realizada uma coleta dos espermatozoides para que seja realizada a fecundação. Todo o processo é feito em laboratório e o embrião fica alguns dias em uma incubadora para que seja observado se seu desenvolvimento ocorre conforme o esperado. É nessa etapa que se pode fazer testes genéticos nos embriões, caso seja necessário.
- Transferência: com a fecundação e desenvolvimento ocorrendo da forma esperada, é feita a transferência para o útero da mulher. É uma etapa simples e pode ser feita em ambulatório, pois não necessita de anestesia. Após 9 a 12 dias, é realizado um teste de gravidez para certificar se o procedimento de FIV obteve sucesso.
Mesmo com toda a tecnologia, é importante ter em mente que nem sempre a FIV tem sucesso. Embora boa parte dos procedimentos resultam em gravidez, a idade da mulher pode fazer com que essas chances diminuam. Até 35 anos, as chances de gravidez por transferência podem superar os 50%, enquanto que aos 40 anos, não passam de 25% por transferência de embriões sem teste genético.
Por isso, para que tudo ocorra como o planejado, é importante ter um médico especializado em reprodução assistida, que possa dar o melhor diagnóstico e indicar a melhor opção de procedimento para cada caso, e que realize o acompanhamento necessário de todas as etapas, ao lado do casal.
Para descobrir a melhor opção para o seu caso, marque uma consulta, podemos te ajudar a realizar seu sonho.
