Sintomas de Adenomiose: 5 sinais e fatores de risco

A adenomiose é uma doença ginecológica que afeta mulheres em idade fértil. A doença é caracterizada pelo crescimento anormal da camada muscular do útero, o que pode causar sintomas como dor pélvica, dor nas relações sexuais e sangramento uterino anormal. A adenomiose pode estar associada ao desenvolvimento de outras condições ginecológicas, como miomas uterinos e endometriose. 

Neste artigo, vamos abordar os principais sintomas da adenomiose, fatores de risco para esta condição e o tratamento para esta condição.

O que é adenomiose e quais suas principais causas?

A adenomiose é uma doença benigna que afeta as mulheres e se caracteriza pelo crescimento anormal das células do endométrio - a camada interna do útero.  

A adenomiose pode ser classificada de acordo com a distribuição do endométrio na musculatura uterina, sendo a adenomiose difusa aquela em que o endométrio invade a musculatura uterina de maneira mais espalhada, enquanto a adenomiose focal é aquela em que o endométrio invade profundamente a musculatura uterina de maneira localizada, podendo formar nódulos (adenomiose nodular).

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Embora a causa exata da adenomiose não seja conhecida, acredita-se que ela esteja relacionada com alterações hormonais, traumatismos uterinos ou lesões do revestimento uterino. 

O diagnóstico da adenomiose geralmente começa com um histórico clínico e exame físico completos. Se o seu médico suspeitar de adenomiose, você poderá ser encaminhado para realizar um ultrassom transvaginal e ressonância magnética para visualizar o útero e avaliar a característica e espessura do miométrio. 

Quais os sintomas da adenomiose?

Os principais sintomas da adenomiose são: 

  1. Dor pélvica crônica: a dor é o sintoma mais comumente associado à adenomiose e pode ser descrita como uma dor constante ou cólica, que piora durante o período menstrual (dismeorreia). 
  2. Sangramento uterino anormal: a adenomiose pode causar alterações no ciclo menstrual, incluindo sangramento uterino excessivo (metrorragia) e/ou menstruação prolongada (menorragia). 
  3. Infertilidade: a adenomiose é uma das principais causas de infertilidade, especialmente em mulheres com mais de 35 anos. A condição pode causar alterações na forma do útero, o que impede a implantação do embrião, além de afetar a função ovariana e reduzir a quantidade de fluido seminal nos tubos uterinos. 
  4. Disfunção sexual: a dor crônica associada à adenomiose pode levar à diminuição do desejo sexual e à dificuldade em ter orgasmos. Além disso, mulheres com adenomiose podem experimentar dor durante o ato sexual. 
  5. Cólicas menstruais instensas (dismenorreia).

Quais os fatores de risco para a adenomiose?

Embora a causa exata da adenomiose seja desconhecida, alguns fatores de risco foram identificados. Estes incluem: 

  1. História prévia de miomas uterinos: as mulheres com miomas uterinos são mais propensas a desenvolver adenomiose. 
  2. História prévia de endometriose: as mulheres com endometriose têm um maior risco de desenvolver adenomiose. 
  3. Idade reprodutiva avançada: as mulheres com mais de 35 anos são mais propensas a desenvolver adenomiose. 
  4. Obesidade: as mulheres obesas têm um maior risco de desenvolver adenomiose. 
  5. Uso de terapia hormonal na menopausa: o uso prolongado de terapia hormonal pode reativar a adenomiose no pós-menopausa. 

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Qual o tratamento para a adenomiose? 

Os médicos geralmente recomendam tratamentos conservadores para a adenomiose, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e terapia hormonal para suspender as menstruações (por exemplo, pílulas anticoncepcionais de uso contínuo ou DIU medicado). A cirurgia pode ser necessária em alguns casos (nódulos grandes associados a infertilidade ou abortos e em casos refratários ao tratamento com medicamentos).

O tratamento da adenomiose geralmente envolve:

  1. Reduzir a produção hormonal: Isso pode ser feito usando um DIU (dispositivo intrauterino), que libera pequenas quantidades de progesterona no útero para reduzir a produção hormonal e impedir o crescimento anormal das células do endométrio.
  2. Reduzir o tamanho do útero: Isso pode ser feito usando uma medicação chamada GnRH-a (análogos da gonadotropina liberadora de hormônios), que inibe a produção hormonal e causa o atraso na menstruação, permitindo que o miométrio se recupere e regrida a adenomiose. Não pode ser estendido por mais de 6 meses, e normalmente é utilizado em casos de infertilidade que irão realizar a transferência de embriões em ciclos de fertilização in vitro.
  3. Uso de anti-inflamatórios: Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, podem ajudar a aliviar os sintomas da adenomiose. 
  4. Terapia Hormonal: A terapia hormonal pode ser usada para suprimir os níveis de estrogênio no corpo, o que pode diminuir os sintomas da adenomiose. As opções de terapia hormonal incluem pílulas anticoncepcionais orais, injeções de progesterona e implantes subcutâneos ou dispositivos intrauterinos de progesterona.
  5. Cirurgia: Se os outros tratamentos não funcionarem, a cirurgia pode ser necessária para remover os adenomiomas ou mesmo o útero (histerectomia) em casos em que não há desejo reprodutivo.

Conclusão

Se você está sentindo alguns dos sintomas descritos aqui, é importante marcar uma consulta com o seu médico ginecologista. Adenomiose pode ser tratada caso seja detectada precocemente, por isso não deixe para depois e procure ajuda profissional. 

O Dr. Oscar Duarte é médico ginecologista, obstetra e especialista em fertilidade com mais. Entre em contato e agende a sua consulta!

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